Por Nathalia Abrantes
Fundada em 2018 para executar projetos multidisciplinares para as indústrias de mineração e siderurgia, e localizada em Belo Horizonte, a empresa brasileira Arany Technika Engenharia, mesmo com pouco tempo no mercado, ganhou destaque neste ano.
O motivo? A adoção do Building Information Modeling (em português, Modelagem da Informação da Construção) com ferramentas Autodesk por parte dos sócios Alex Henrique, Cláudio Almeida e Guilherme Augusto, uma vez que já tinham experiências nesses recursos.
Primeiro passo
Em um primeiro momento, adotaram o software Plant 3D, da plataforma AutoCAD, responsável por tornar os projetos de tubulações simples e práticos. Inclusive, quase que de imediato, deu vantagem de produtividade para a equipe ao proporcionar a execução da lista de matérias e informações mais detalhadas sobre o projeto, facilitar o acesso às informações em outras etapas e permitir um relatório preciso de custo final para o cliente.
“Em um projeto de tubulação, gastamos cerca de 30 horas. Com o uso da tecnologia Autodesk, reduzimos esse tempo em 20 horas”,
disse Guilherme.
Ainda, Alex afirmou que o Plant permite integração de outras ferramentas com o Navisworks, um outro software da Autodesk. Os profissionais podem desenvolver o projeto separadamente e, através dele, juntar todas as partes para realizar a verificação de divergências em caso existente.
Segundo passo
Agora, a Arany começa uma adoção do BIM. Essa metodologia é um investimento importante para a área de AEC (Arquitetura, Engenharia e Construção), visto que agrega grande quantidade de informações do projeto.
“Entendemos o BIM não mais como o futuro da engenharia, mas o presente, e por isso sabemos que já saímos na frente por sermos uma empresa nova e estarmos embarcando nessa tecnologia”,
afirma Alex.
Além de usar a facilidade e a precisão do BIM para apresentar um projeto ao cliente, a empresa pretende aplicar QR Code para o profissional em campo “leia” melhor o planejamento.
Em outras palavras, o mercado brasileiro está preparado para o uso do BIM.
Para ter ideia, foi um importante tópico quando houve o rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais. Segundo análises, entre os possíveis testes feitos na plataforma, há a possibilidade de medir pressão de volumes, como a que os rejeitos de minérios exercem na parede de barragens.
Além disso, o uso da ferramenta pode ser complementado com outras tecnologias, como drones e sensores de terremoto. Esses equipamentos permitem fotografar a barragem por todos os ângulos e gerar modelos em 3D, ou seja, qualquer movimentação de terra pode ser percebida.
Um estudo da Coordenação de Planejamento e Inteligência da ABDI realizado em 2019 mostra que, se metade das empresas adotarem o BIM na próxima década, projeta-se que a economia da construção civil brasileira crescerá 7%. Ou seja, um aumento de R$ 21,9 bilhões no PIB. Para Talita Daher, Coordenadora de Difusão Tecnológica da ABDI, há estimativa de redução de 9,7% dos custos totais da obra e de 20% dos custos com insumos.
Em suma, a empresa Arany Technika Engenharia é apenas um exemplo do quanto essa tecnologia é necessária para o setor. Por ser habilitado por uma plataforma na nuvem, garante praticidade, sustentabilidade e facilidade do planejamento à construção. O futuro já está aqui!
Você sabia que ele é exigência do governo federal?
Dividido em três etapas, o primeiro marco definido no “roadmap” da Estratégia BIM BR entrou em vigor em janeiro deste ano. Entre os objetivos, destacam-se: exigência na elaboração de modelos para a arquitetura e engenharia nas disciplinas de estrutura, hidráulica, AVAC e elétrica, na detecção de interferências, na extração de quantitativos e na geração de documentação gráfica.
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