Com a pandemia da COVID-19, os protocolos de retorno ao local de trabalho enfatizaram a necessidade de interiores de edifícios favoráveis a uma melhor gestão da qualidade do ar e a um amplo espaço para suportar o distanciamento social, por exemplo.
Apesar disso, a ideia de estruturas ambientalmente saudáveis já existia, já que projetar e construir edifícios com materiais sustentáveis contribui não apenas para a saúde do ser humano, mas também para a do planeta.
Você sabia?
Em todo o mundo, os edifícios geram quase 40% das missões de gases de efeito estufa. Um dos maiores culpados é o cimento, ingrediente do concreto que o torna tão forte e durável. A produção desse material é a terceira maior fonte de CO2 do mundo.
Com isso, pode surgir o seguinte questionamento: “Como prosseguir uma obra, se o concreto é uma das bases da construção moderna?”. A resposta é: uma inovação significativa está em andamento.
Segundo o e-book “Materiais de Construção Sustentáveis: Construindo um Mundo mais Limpo e mais Saudável” da Redshift, blog da Autodesk, as mentes mais brilhantes de uma usina elétrica movida a carvão fora de Gillette, cidade localizada no estado norte-americano do Wyoming, no Condado de Campbell, estão desenvolvendo tecnologias para converter as emissões industriais de CO2. Ou seja, capturando-as e transformando-as em combustíveis alternativos, concreto aprimorado, fibra de carbono e outros materiais valiosos, o que reduz seu acúmulo na atmosfera.
Além disso, existe o BIM!
Sustentável, o software BIM 360 da Autodesk utiliza um modelo virtual capaz de agregar informações aos seus elementos construtivos que simula a construção antes de iniciar os trabalhos no canteiro de obra. A tecnologia aumenta a confiabilidade nas estimativas de preços e no cumprimento dos prazos, reduz erros e garante qualidade na obra.
BIM obrigatório nas construções brasileiras
No dia 2 de abril de 2020, o governo federal estabeleceu, por meio do decreto nº 10.306, a utilização dessa metodologia na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizadas pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal.
Com a primeira fase agendada para em 1º de janeiro de 2021, o objetivo da iniciativa é trazer mais precisão, mais transparência e menos desperdício para a indústria AEC.
De acordo com o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, o Brasil segue o fluxo mundial de modernização da construção ao criar este mandato BIM, visto que permite uma adequação do mercado e do setor público a essa realidade.