Ficamos felizes de anunciar que temos um parceiro educacional que se tornou um Centro de Treinamento Autorizado (ATC) da Toon Boom no Brasil, a Split Academia! Através de uma entrevista com o diretor da Academia, Luiz da Silva, conhecemos mais um pouco sobre o início dessa trajetória de ensino e as expectativas para os próximos anos.
O interesse pela animação
Eu já trabalho com animação um pouco mais de 10 anos e acho que o meu interesse assim por arte vem mais a ciência, na verdade, acho que isso já liga um pouco com essa parte mais educacional, quando era adolescente e pré-adolescente… Porque quando eu conheci a animação, já ali entre 2011 e 2012, que eu comecei a estudar e fui associando assim as coisas que tinha animação.
Essa coisa da curiosidade tem muita coisa para aprender as coisas mais científicas, pensar muito no método científico, como uma forma de criação de processos… Foi o que me trouxe para o lado educacional. E eu descobri a animação quando eu fui estudar. Eu sabia o que existia mais ou menos, mas não fazia ideia de como funcionava!
Eu desenhava, com várias pessoas, na infância e na adolescência, e aí eu vi a possibilidade de talvez de trabalhar com desenho mais na parte de cartum… Às vezes, de uma forma política, mas fazer cartum, fazer tirinha não é o meu forte, é mais a animação.
Eu também, fiz um workshop numa escola aqui de São Paulo, e aí eu vi o professor fazendo uma animação num papel de flip… E eu vendo aquilo se mexer aqui, pensei: “Como é que isso funciona?” Eu não entendia porque aquilo funcionava… Quando eu vi isso, eu falei, acho que é esse aqui que eu quero fazer a vida toda.
Então, quando eu comecei em 2013, eu queria ser animador… Meio Naruto assim, ele queria ser o melhor e eu achava que ia ser o melhor animador de todos os tempos.
Os treinamentos na Split
Com o tempo eu fui me interessando por outras coisas, fui me interessando por supervisão, por direção, pela parte mais narrativa. Fui conhecendo todas as áreas dentro do processo de animação, depois eu fui fazendo ações… Eu gosto de ir para cima de divulgação científica e eu achava que eu podia fazer coisas parecidas com animação, de apresentar outras pessoas…
Então eu fiz aqui dentro do estúdio (Split) entre 2016 e 2017, convidava os artistas aqui de dentro para dar uma palestra para os outros. Eu comecei a convidar os artistas do mercado, eles vinham aqui na Split de graça, vinham trocar ideia com todos os artistas… E começou vir gente de outros estúdios, gente de faculdade.
Além de animação e produção, fazer esses eventos, fui supervisor. Então, também treinava os animadores que iam começando no estúdio. Eles normalmente passavam por mim nos projetos que começavam com muitos animadores iniciantes, a Split faz isso até hoje, e aí meio que virou uma estrutura, né? Eu acabei falando: “Já que eu entendo da parte técnica, eu acho que agora eu preciso aprender a parte educacional.”
Mas a Split sempre fez isso, não começou comigo. O próprio Jonas, que é um dos sócios fundadores da Split, já fazia isso, ele dava aula também de animação numa faculdade.
A partir de 2014 que a Split cresceu, começou a pegar mais projetos e, com isso, houve uma necessidade de fazer treinamento. A partir de 2015 foi tendo mais formações, só que eu nunca assumi isso como uma prioridade minha, essas pessoas iam entrando no estúdio e eu ia ajudando, sabe? Eu acabava entrando nesses projetos que meio que tinha que ensinar as pessoas além de animar, a trabalhar também, como gerir o tempo dela… Era um processo tipo de… Mentoria.
A Split Academia
Eu posso dizer que no ano de 2022… A gente começou a idealizar o projeto. Com isso, eu meio que peguei o método científico, peguei algumas interpretações ali do método e criei um método científico para animação.
A partir dele, eu comecei destrinchar os processos. Assim, tudo que eu treinava as pessoas, eu fazia um organograma para tentar entender todas as etapas: onde e como começam Como é que começa um rig para fazer animação? Como é que começa a animação?
Assim, a minha principal inspiração, querendo ou não, foi o único curso que eu fiz. Cheguei terminar ele, mas eu queria fazer, por exemplo, algo diferente do dele. Aquele curso, na época, era de animação tradicional, era para um mercado que nem existia mais na época, né?
Então, minha primeira ideia: eu montei um mapa mental de tudo que eu ensinava… Porque uma coisa vem depois da outra… Ia vendo como uma coisa conectava com a outra… Eu pegava páginas dos livros do Richard Williams, que desinchava aquele fundamento e como era aplicado lá no futuro. Eu fiz um mapa mental gigante do meu primeiro curso e ele teve até uma duração de 3 meses, cada aula tinha 3 horas, por exemplo, para conseguir ensinar tudo.
E assim, eu acho que tem várias inspirações, acho que ela vem um pouco do trabalho mesmo, das pessoas que você vai aprendendo… Várias pessoas ao longo da minha carreira pararam para me ensinar alguma coisa.
Desafios do Ensino
Acho que o maior desafio é ser sucinto, sabe? Eu sinto isso porque dá para você falar de um determinado assunto de várias maneiras, mas a única coisa que eu não gostaria que tivesse nos cursos é que uma pessoa não aprendesse em detrimento do aprendizado de outra. Porque as pessoas se comparam, isso não é uma coisa que dá para você tirar das pessoas, se compara com artistas que nem estão vivos, mas esse cara passou 50 anos fazendo aquilo!
Então, como eu vou fazer todo mundo no estudar no mesmo ritmo e lidar com eles como eu fazia na mentoria? Então eu fui entender um pouco de dinâmicas, pesquisei linhas de abordagem educacionais para facilitar…
A maior missão da Split Academia é de ser uma experiência educacional que envolve, do aluno passar pela Split Academia e sentir que aquilo agregou para a vida dela, sabe? Porque para a realidade brasileira, você poder estudar e poder investir em algo de qualidade exige, além do seu tempo, esforço financeiro. Então, para as pessoas ficarem marcadas…
Ser uma experiência educacional.
A Split como Centro de Treinamento Autorizado da Toon Boom
Acho que é uma é tipo uma gratificação, é um reconhecimento do trabalho que a gente vem fazendo. É a Toon Boom como ferramenta também educacional! Acho que é a primeira vez que a gente vai conseguir mostrar para as pessoas que estamos aplicando os conhecimentos usando Toon Boom de uma forma reconhecida pela própria Toon Boom.
O certificado já vai ser uma coisa assim que vai impactar nossos próximos alunos do futuro que quiserem fazer o nosso curso de animação ou novos cursos que tiver Toon Boom. Expressa a especialização da ferramenta, os estúdios poderem olhar e ver: “Essa pessoa fez um curso num Centro Treinamento Autorizado da Toon Boom, é garantido que essa pessoa virá com conhecimentos em Toon Boom.”.
A Split Academia tem a ver com uma democratização do acesso à animação, tornar todo o conteúdo acessível. É muito difícil um só lugar de absorver uma demanda de estudantes que estão entrando no mercado hoje. Então a gente também quer ser uma referência como ATC, mas primeiro a gente tenta fazer o básico bem feito e explorar isso para contribuir com o mercado de animação como um todo.
A ideia não é só ser ensinar animação, é ter esse impacto positivo na vida da pessoa, contribuindo com o mercado de animação brasileiro e internacional também.
Sobre os Centros de Treinamento Autorizados da Toon Boom
Os Centros de Treinamento Autorizados Toon Boom são reconhecidos por sua qualidade na educação de treinamentos de curto prazo conduzidos por um instrutor dos softwares líder do setor da animação: o Harmony e o Storyboard Pro. Os cursos garantem ainda certificados para os alunos treinados nas habilidades mais recentes e nas práticas recomendadas usando o software Toon Boom.
Para saber mais sobre o assunto, entre em contato com a distribuidora oficial da Toon Boom no Brasil!
